Estado lançará campanha e limitará licenças de obras para proteger animais em extinção
O FUTURO PARQUE ESTADUAL
DA PEDRA SELADA: SUA ÁREA TEM 8.036 HECTARES
RIO - Na carona da Rio+20, o primeiro parque estadual na Serra da Mantiqueira vai virar realidade. O pacote verde do governo do estado, a ser lançado esta semana, inclui a criação do Parque Estadual da Pedra Selada, que terá 8.036 hectares, o dobro da área do Parque Nacional da Tijuca. Localizado na região de Visconde de Mauá, em Resende, no Vale do Paraíba, a nova unidade de conservação formará um corredor ecológico com o Parque Nacional do Itatiaia e quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). Em outra iniciativa, o governo lançará uma campanha pela preservação dos dez animais mais ameaçados de extinção no território fluminense, entre eles o macaco muriqui, o tatu-canastra e o boto-cinza, este natural das baías de Guanabara e Sepetiba.
A implantação do Parque da Pedra Selada, explica o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, garantirá o turismo sustentável no lugar, próximo à divisa com Minas Gerais e junto à nova Estrada-Parque. Incluída na Área de Proteção Ambiental da Mantiqueira, a região do futuro parque é constituída basicamente de mata atlântica e campos de altitude (vegetação baixa).
— A região está muito preservada e queremos mantê-la assim. Foi delimitada após consulta pública e reuniões com produtores e moradores da periferia. O parque terá sede e centro de visitantes. No trecho próximo à área mais urbana, ele será cercado, a pedido da prefeitura de Resende. Já no concurso para guardas-parque que estamos promovendo prevemos dez vagas para o novo parque — diz o diretor de Biodiversidades e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), André Ilha. — Vamos incentivar o ecoturismo no local, que tem inúmeras possibilidades de caminhadas, escaladas e visitação a poços e cachoeiras.
A delimitação do futuro parque foi precedida de uma consulta pública e duas reuniões com produtores e moradores da periferia. As conversas levaram o governo a reduzir as dimensões da nova unidade de conservação em cerca de 300 hectares.
A campanha pela preservação das dez espécies mais ameaçadas do estado, de um total de 267 em extinção, estará em outdoors e na televisão. Os dez animais ganharão também páginas na rede de relacionamentos Facebook. Já as melhores fotos deles, escolhidas num concurso, serão exibidas numa exposição na Lagoa, durante a Rio+20.
— Além disso, criaremos regras mais severas para concedermos licenças ambientais para construções em áreas onde esses animais vivem. Vamos ainda implantar parques nesses locais — informa Alba Lima, superintendente de Biodiversidade da Secretaria do Ambiente (SEA).
No grupo dos dez animais mais ameaçados está o mico-leão-dourado, que tem como principal refúgio a reserva de Poço das Antas, em Silva Jardim e Casimiro de Abreu. O cágado-do-paraíba e o surubim-do-paraíba são encontrados em Piraí e Volta Redonda. A preguiça-de-coleira, outro animal em extinção, é encontrada em Friburgo, Cachoeiras de Macacu e Teresópolis. Formigueiro-do-litoral, lagarto-branco-de-areia e jacutinga engrossam a lista.
FONTE: O GLOBO
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Aqueles que me conhecem sabem que sou associado da ASSOMAR e que sempre apoiei esse blog mas, infelizmente, para o comentário que vou fazer precisarei exercer o meu direito de fazer uma pequena emenda ao texto publicado.
ResponderExcluirO autor do blog não percebeu que deixou de copiar as palavras contidas na primeira linha do texto publicado na matéria do "Maior Jornal do Brasil".
"Estado lançará campanha e limitará licença de obras para proteger animais em extinção."
Pode parecer bobagem, mas para as pessoas que vivem aqui na região e convivem com os problemas do dia a dia, essa pequena frase desmascara toda a hipocrisia contida no restante dessa matéria (muito provavelmente, paga.
Quer dizer que quando o estado acabar de descumprir as condicionantes da licença ambiental em curso para as obras em andamento, ele, o estado, vai iniciar uma campanha para limitar as licenças de obras dos cidadãos que moram aqui em cima. Porque será que a lei não pode ser uma só, para todos?
A seguir o raciocínio induzido pela matéria, a gente chega a conclusão de que as obras custeadas pelo estado não ameaçam animais em extinção. As explosões de encostas e assoreamento dos afluentes do Rio Preto, não trazem prejuízos ao meio ambiente.
O INEA e a SEA do Sr. Carlos Minc precisam abrir o olho e cumprir com suas obrigações ao invés de ficar se preocupando com falsa propaganda.
Ok! Marcelo
ResponderExcluirJá foi corrigido.
Politicagem pura e criação de cabide de empregos. Nada mais que isso. O Sr. Carlos Minc e o INEA não tem a mínima moralidade para criar (e manter) parque algum. Para saber porque, entre em:
ResponderExcluirhttp://fernandolemos2.blogspot.com.br/2012/05/parque-estadual-da-pedra-selada-porque.html
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