O asfaltamento da RJ151, estrada de acesso entre as localidades, do bairro Lote10, Vila de Mauá, Maringá e Maromba, na região de Visconde de Mauá, é uma revindicação antiga dos moradores das vilas, Recentemente, a comunidade obteve a notícia que haverá a continuidade da obra, embargada tempos atrás pela justiça após denúncia do Ministério Público dando conta de que haveria a possibilidade de dano ambiental naquela região, caso as obras não fossem interrompidas.
Houve manifestações na porta do fórum em Resende, oportunidade em que as pessoas que são contra o embargo da obra foram protestar, como a Associação de Moradores e Amigos da Região de Visconde de Mauá (Ama Mauá), Associação Turística e comercial da Região de Visconde de Mauá (Mauatur) e a Associação de Comerciantes de Visconde de Mauá (ACVM), entre outras. Todas pediam o retorno das das obras, alegando que a construção da estrada irá gerar benefícios para região como um todo. não só pela acessibilidade, mas do progresso em geral.
A rua mais conhecida da Vila é a Presidente Wenceslau Bráz, local em que obrigatoriamente todos os turistas tem que passar. Seja para seguir em direção a Maromba, ou em direção as pousadas que ficam localizadas após a famosa "Ponte dos Cachorros", bem como os diversos lugares paradisíacos da região de Visconde de Mauá. A rua faz parte da RJ151 que será asfaltada em breve, segundo decisão judicial.
Dona Oranilde Maria Dias tem 84 anos, dos quais 30 passados em Visconde de Mauá, ela conta que havia perdido as esperanças de ver a Wenceslau Bráz asfaltada. D. Oranilde é viúva e revelou que seu marido, Francisco Dias, faleceu sem realizar o desejo de ver o asfalto passando pela via, " Eu já estava desistindo, queria sair daqui para morar com meus netos e minha filha em Penedo, pois a poeira e a falta de acessibilidade me deixam desanimada. A minha saúde ficou abalada, meu médico recomenda que eu faça caminhadas periodicamente, mas como fazer em meio a tanta poeira?", comentou a idosa, lembrando que se existe perspectiva real de que a rua será asfaltada, ela permanecerá na vila, pois é o lugar que escolheu para viver e formar sua família.
Já Terezinha Fonseca, tem 63 anos e é comerciante no bairro Lote 10, está torcendo para que a obra recomece o quanto antes. " Estou esperando há anos por este dia. Tenho um filho de 33 anos que não anda e não fala e preciso sair com ele, cuidar dele, levá-lo para receber ar puro, mas é desanimador", disse. Quando chove ficamos atolados na lama e no calor adoecemos com a poeira. Acho que merecemos o asfalto para melhorar nossa qualidade de vida", desabafou Terezinha.
Matéria publicada no jornal: A VOZ DA CIDADE